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Sou um ... passageiro e rodo sem parar



Conduzir pessoas pode ser considerado uma tarefa que não é fácil, imagina sendo essa a única forma de ter uma renda? Levar as pessoas de um local para outro exige vários fatores que talvez não sejam cobrados em algumas profissões, pois o local de trabalho delas é um local fixo e um profissional do trânsito, só a locomoção já o torna diferente. Todos os dias se movimentando pela cidade, buscando e se deslocando para levar pessoas, isso exige no mínimo uma disposição extra para trabalhar fisicamente e mentalmente.


Pensando na rotina que alguns motoristas profissionais, observando e ouvindo eles, já consigo estabelecer alguns tipos de passageiros através do relato desses profissionais em vários momentos diferentes. Seja passageiro de ônibus, táxi, moto táxi e transportes em geral.


Deixando claro que os perfis são de criação própria e não tem fundamentação teórica.


Veja se você se identifica com algum tipo de passageiro:


O falante: aquele que conversa mais que o homem da cobra, fala até sozinho. Esse precisa de muita paciência para conduzir.


O econômico: que já chega perguntando de desconto e qual o caminho que deixa a tarifa mais barata. É o mais frequente atualmente.


O indeciso: que o coitado do taxista pergunta para onde vai e ele diz um local, no meio do caminho ele resolve passar na casa da tia, depois no drive thru de algum fast food e resolve que no final quer ficar no local onde foi pego.


O simpático: aquele que é cordial cumprimenta, é gentil e agradável.


O tímido: que só responde o básico e que é difícil perceber até se ele está no carro.


O ético: que chegou, sentou, colocou o cinto de segurança, chupa uma bala e guarda o papel no bolso ou pergunta se tem um local para ele jogar o lixinho. Todo certinho.


O enojado: aquele que limpa o banco pra sentar, sabe aquele que bate no banco pra tirar o pó? Aquele que só anda com o vidro fechado e com o ar bem frio, pois ele não quer suar e pra colocar o cinto? Ele não coloca, pois pode está sujo ou deixar cheirinho na roupa dele.


O conhecedor: aquele que entra no carro e vai contando a história da cidade para o motorista, esse falar muito: “Você sabia que...?”. Pronto, esse é o conhecedor. Que conhece muita coisa, mas a maioria ele inventa.


O guloso: se existe um tipo que é odiado pelos taxistas, esse é o que come no carro! Alguns deles se negam a levar esse tipo, por um simples motivo, higiene! E eles têm razão, você pegaria um táxi com cheiro de churrasco? Eu não pegaria e considerando que várias pessoas passam nesse lugar, manter a higiene é necessário, né?


O alcoolizado: por questões óbvias, uma pessoa alterada, é impossível prever como ele poderá se comportar, ele pode vomitar, dormir, bater, falar mal, fazer de tudo e o pior, não querer pagar a corrida, o ideal para o taxista é que quando for conduzir uma pessoa alterada que busque o contato de algum responsável para essa pessoa possa esperar no local que ele deseja ir e assim entregar a pessoa em segurança.


O cheio de peso: aquele que leva um monte de coisas e não quer colocar as coisas no maleiro, alegando que fica ruim para tirar. Amigo, a finalidade do maleiro é essa, colocar malas e várias coisas.


O DJ: aquele que entra no carro e já pedi para colocar na rádio tal ou quando tocar tal música ele pedi pra aumentar o som.


O hiperconectado: aquele que entra no carro e vai gravando da nuca do motorista até o asfalto, fazendo caras e bocas para captar a melhor luz.


O apressado: precisa explicar? Esse talvez seja o tipo menos desejado de transportar, ele tira o juízo do motorista como se a culpa dele estar atrasado fosse do coitado do motorista, fica pedido pra ele correr, passar no sinal vermelho, entrar na contra mão e sugere que naquele momento ele pode fazer algumas coisas erradas, pois ele está atrasado. O motorista agradece quando ele desembarca.


Acredito que você em algum momento da sua vida já teve o comportamento de algum desses tipos, aposto que já! Pois essas são situações que qualquer pessoa pode passar em algum momento da vida e algumas pessoas realmente são assim.


Podemos concluir que lidar com pessoas não é fácil, por isso, é necessário profissionalismo, calma e muito respeito com o outro para ser um profissional do trânsito, sem algum desses fatores será difícil entrar nesse setor e permanecer. Seja ético, empático e respeitoso. Minha dica para os profissionais de trânsito é: conduza seus passageiros como você queria que você e seus entes queridos fossem conduzidos e tratados.


Dica de Música:


Capital Inicial - O Passageiro



Dica de filme:


Colateral (2014)



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